
Tempos que não retornam mais
Vida esquecida e amargurada
Passado negro de minha aurora
Infância cega de esperança
O orgulho minha devoção
O egoísmo como exercício diário
Mistura cretina e mordaz
Ocultando os sublimes valores de progresso
Desacreditado e solitário
Enterro profundamente o ser pulsante
Inundando o coração de lodo fétido
Afastando velhos amigos de outrora
Ronda-me o silêncio absoluto
Cerra-se o cenário de luz
Uma escuridão absoluta me ronda
O calor transforma-se em frio subitamente
Desespero e angústia
Sentimentos trevosos me alicia
Meus gritos são inaudíveis
Não existem mais sentidos
Somente meus pensamentos lamentosos
Cercado de uma prisão dilacerante
Sinto-me no maior dos pesadelos
Acorrentado em mim mesmo
Rogo pela primeira vez aos céus
Num grito de misericórdia...
Nenhum comentário:
Postar um comentário