terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Consolador - desespero e libertação















Tempos que não retornam mais

Vida esquecida e amargurada

Passado negro de minha aurora

Infância cega de esperança


O orgulho minha devoção

O egoísmo como exercício diário

Mistura cretina e mordaz

Ocultando os sublimes valores de progresso


Desacreditado e solitário

Enterro profundamente o ser pulsante

Inundando o coração de lodo fétido

Afastando velhos amigos de outrora


Ronda-me o silêncio absoluto

Cerra-se o cenário de luz

Uma escuridão absoluta me ronda

O calor transforma-se em frio subitamente


Desespero e angústia

Sentimentos trevosos me alicia


Meus gritos são inaudíveis

Não existem mais sentidos

Somente meus pensamentos lamentosos

Cercado de uma prisão dilacerante


Sinto-me no maior dos pesadelos

Acorrentado em mim mesmo

Rogo pela primeira vez aos céus

Num grito de misericórdia...

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