sexta-feira, 29 de agosto de 2008

O sorriso de Marina

Menina de todos os sorrisos

Sorrisos de sorrisos fartos

Sorrisos de uma boa piada

Até de cara feia!


Menina de olhos verdes

Verdes doces como algodão doce

Que bem lá no fundinho

Traz a esperança de um lindo dia


Menina linda de morrer

Que faz de um velho ou novo

Morrer de felicidade a cada dia que te vê


Menina coringa

Que hoje dorme uma garotinha

E amanhã despertará uma linda sinfonia de mulher




André L. Salgado

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A mais bela de todas as artes

















Como é a vida. Realmente os anos passam repidamente. Lembro-me ainda menino com uma flautinha daquelas compradas em mercadinhos a preços módicos. Lá vou eu com meu primeiro incentivador musical, meu pai, a me levar para as primeiras notas da minha vida.

Era 1990. Lembro-me como se fosse hoje a primeira vez que entrei em contato com a música ao vivo. Nosso querido maestro Maurílio de Oliveira ensinando divisões rítmicas ao Sr. José (Zezé) na conhecida sala de piano. Naquele instante ainda não se dava conta da obra sinfônica que eu estava prestes a viver minha vida.


Nossa! Quem diria que aprenderia a arte musical em uma antiga estação de trem onde mercadorias de várias espécies abasteciam a nossa querida família santa-rosense. Sim! Lá soaram as minhas primeiras notas ainda trêmulas e indecisas. Uma nova linguagem estava sendo apresentada. Mínimas, semínimas, e semibreves (é aquela gordinha) foram apresentadas junto com compassos simples representados com melodias singelas e preparatórias.


Enquanto escrevo, as lembranças surgem como flashs instantâneos. Recitais, espetáculos, concursos, protestos, amores platônicos e não platônicos. Acompanhei tudo isso durante meus 18 anos de música santa-rosense. Muitos valores de minha vida agradecem a esses anos de convivência. Essa dedicação me mostrou os verdadeiros valores da responsabilidade social por meio da cidadania, da conduta ao próximo, do amor a arte e do respeito à família sinfônica no qual muito já se fizeram parte, outros continuam e muitos viram preencher durante a longa trajetória dessa maravilhosa sinfônica santa-rosense.


Realmente a saudade aperta. Mas meu coração permanece emanando acordes de ternura por essa grande família sinfônica. Não é fácil, mas a alegria de ver um trabalho maravilhoso como este é algo que edifica qualquer pessoa de sentimentos nobres e que apreciam os verdadeiros valores que a humanidade precisa. Nosso estimado amigo e amante da música Arthur da Távola que nos deixou brevemente sempre dizia que a música é vida interior e com ela ninguém padecerá de solidão. Fico feliz em saber que apesar das enumeras problemáticas que o mundo enfrenta ainda existam lugares que por meio da música repassa os valores mais divinos da sociedade. A arte expressada pela música é vida pulsante em nossa querida cidade. Devemos cuidar dela como se fosse nossa.


Agradeço a todos e em especial ao nosso saudoso Maestro Maurílio que iniciou esse exemplar trabalho com devoção, amor e dedicação. Depois de anos o mínimo que poderia deixar são meus votos de gratidão e amor a essa Banda ilustre. Dificuldades são muitas, mas tenho certeza que a tolerância, a amizade, o companheirismo possa reinar sempre em nossa querida estação. Desculpe não poder ter mais adjetivos ou palavras que possam demonstrar esse belo trabalho, pois tenho minhas limitações. Mas deixo aqui minha última frase de profunda sinceridade e grande estima a essa iluminada família sinfônica:


Façam dessa banda uma sinfonia sem fim deixando sempre aberta para novas harmonias, trazendo a nossa Santa Rosa o desejo de vislumbrar a vida sem nunca queixar-se de solidão.


André Luís Salgado

Autor

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Vida e Luz











Nas circunstancias atuais da vida
Onde a dor impera o amor
Cega e carente de louvor
A humanidade sangra como ferida


Perambulando pelas estradas vibrantes
O sol mostra sua face brilhante e forte
Vemos rostos refletindo a morte
Enraizados em trevas asfixiantes


Mundo de antagonismos marcantes
De pessoas esquecidas pelo tempo
Venho trazer notícias edificantes


Na Terra não haverá mais dor
Faces mórbidas refletirão a Luz
E com fervor reinará o amor


Autor: André Luís Salgado

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

"Casinha"



Dias e noites nos dá o tempo de cada dia
Trevas e luz norteiam o espetáculo da vida
Casinha minha
Que me dá oportunidade de crescer a cada dia

Casa de memórias esquecidas
Memórias aflitas suplicando a vida
Casinha minha casinha
Que me dá o pão de cada dia

Nesse mar azul anil que resplandece o firmamento
Vigiado por estrelas mil
Casinha minha casinha linda
Agradeço a Deus a morada minha

E com um jogar de palavras
Identifico com muito amor e fervor
Que com orgulho a denomino
Terra






Autor
André L. Salgado



quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O homem nasceu para voar e não para andar

Autor: André Luís Salgado

Pode ser estranha essa frase. A maioria das pessoas que estão lendo isso devem estar questionando minha sanidade mental. Eu acho é bom, pois pode até pode ser que esteja maluco mesmo! Mas como estou feliz em pensar dessa forma, acredito que na minha concepção de verdade eu estou certíssimo e são...

Olha!!! Como a lua está linda!!!! É verdade, olhem pra cima! Que espetáculo da natureza refletindo sua luz sobre minha cabeça! Meu Deus!!! Será que ninguém está vendo isso??? ... São Jorge??? Não...isso é crendice popular...

Estou mudando de parágrafo porque a minha capacidade de falar comigo mesmo está me surpreendendo. Talvez autodiálogos, se posso denominar dessa forma, podem soar estranhos, mas são comuns em qualquer pessoa. Admitam vai!!! Vocês também falam sozinhos!!!

Nesse momento eu estava conversando com uma grande amiga e comecei a refletir sobre a saudade. Estou com saudade de sentir saudade. Talvez o final de um filme com final nostálgico foi o grande causador desse texto e de tomar o tempo de vocês , mas vamos falar da saudade. Não existe saudade maior do que os acordes pronunciados pelo piano deste filme. Críticos a parte, realmente acredito que se existe uma música pra matar saudade é a música dos créditos finais.

Bom, estou enrolando vocês, não?!!! É uma característica minha falar bastante.

Saudade de saudade. É bom saber que ela é tão certa quanto a morte. Deus realmente é nosso pai de misericordioso nos possibilitando sempre o reencontro com pessoas amadas e bem quistas. Refletindo sobre a saudade, ela é um atributo do amor. A saudade pode equiparar-se como a ampulheta. No momento da “separação” os grãos de areia começam a se deslocar de forma uniforme como se respeitassem cada espaço utilizado para ultrapassar o pequeno orifício. Até que ao passar do tempo, todos estarão reunidos novamente em outro espaço de tempo. O tempo é nosso aliado, pois trás a esperança do reencontro, levando-nos a outros patamares de existência e de experiências. A saudade é também a harmonia de uma sinfonia bem executada nos arrebatando a um final grandioso e intenso.

Sim. Ela nos faz chorar. Coloca-nos num pranto arrebatador. Nós rimos e choramos ao mesmo tempo. Uma situação de desespero e conforto. De tristeza e alegria. De euforia e tranqüilidade. Sentimentos antagônicos com um grau de sublimidade invejável. Não existe reconhecimento maior de amor na humanidade que ter a possibilidade de estar perto de quem amamos. Eu imagino isso com a expressão maior do nosso compromisso com o próximo. É o momento de maior manifestação de energias benéficas emanadas por meio de fluido estéreos que alimentam o corpo e consolam a alma.

Que saudade de sentir saudade...

A saudade é sentimento de integração total com a humanidade. Ela traz o verdadeiro sentido de nossa existência que é o compromisso com o próximo. Compromisso esse que nos dá a esperança de agradecer, de perdoar e acima e tudo, amar incondicionalmente.

O homem foi feito pra voar e não para andar. Sim, é isso mesmo!!!! Os verdadeiros sentimentos você só encontra quando olha para o alto. A Lua está lá pra nos dar a oportunidade de nos elevar ao alto. E como num momento de introspecção ela reflete todo o sentimento que o homem guarda dentro de si e retira pra fora a esperança, a ternura, o amor e a vida interior que estavam trancados por meio de nossa visão limitada de Deus.

Não tenham vergonha de demonstrar os sentimentos nobres da vida, pois somente os homens que voam compreendem o caminho da verdade.



Eu estou sentindo saudade...


Blogger news

About

Blogroll

Pesquisar este blog

Blogger templates