
Ao cair da tarde de louvor
Nascem os primeiros raios do infinito
Astros luminosos sustentam o firmamento
Substituindo o Sol, nossa Fonte de Vida
Quando ergo os olhos para eternidade
Transcendo-me para as moradas de meu pai
Que na eternidade as cria sem cessar
Renovando a esperança de suas criaturas de amor
Não há mais corpo
Ao longe deixo minha atual casinha
De uma esfera azul anil, torna-se um cisco no espaço
Dando lugar a mundos incomensuráveis a visão terrestre
Sírius de repleta beleza
Senhora de todas as minhas certezas
Choro mais uma vez em seu encontro
Como o reencontro que um pai tem por seus filhos
Mãe de todos os mundos
Acolhe seu filho humilde a sua luz
Clareia-me o espírito de paz
Dar-me o alento doce de sua vibração
Quanta saudade Deus de misericórdia!
Amores tangíveis vibrando pelo espaço
Como fluidos etéreos emanados pelo espaço
Abastecendo o progresso universal
Nunca a deixarei estrela da vida!
Em seu nome pregarei a sabedoria
Cobrirei vidas esquecidas e encolhidas
Umidificarei os lábios secos da afazia
Amo-te! Sol de todas as grandezas
Contigo eu vivo minha missão edificante
Volto agora ao singelo mundo, fortalecido
Contemplando os primeiros raios de aurora